La Paz

La Paz é uma cidade especial para mim, ano passado cheguei aqui muito mal, mas mesmo assim me encantei, é uma cidade tormento, dinamica barulhenta, cheia de ladeiras, turistas e muita buzina. As pessoas aqui sao amáveis, tratam muito bem os turistas sobretudo os brasileiros. Especial pois aqui conheci minha namorada fiz muitos amigos, o funcionario do hotel torino Felipe, os brasileiros, bolivianos, chilenos.. Senti uma sensacao muito boa hoje, percebi que estou faz sete dias aqui muito bem, ano passado eu sofri e hoje estou aqui fechando uma porta e abrindo outras, isso me torna forte. Comi a verdadeira salteña que igual nao existe, muito pollo (frango com batata e pimenta), tomei umas paceñas, umas doses de jack daniels baratinhas, e subi e desci muita ladeira na rua das bruxas. Fomos na terca-feira ver as ruinas de Tiwanaku considerada a civilizacao mae da america do sul, o guia foi muito bom explicando um pouco dessa intrigante civilizacao que sumiu no colapso, comemos carne de lhama, muito boa. Aqui o mano de sao paulo se foi deixando saudades no dia 25, eu e o gaucho fomos para o downhill em coroico. Aí rapaziada o bicho pegou a vera, saimos dia 26 cedo de La Paz subimos até 4.600m em La cumbre e iniciamos a descida que termina em 1.400m, alucinante é pouco meus caros só descida que comeca no asfalto por ums 40 minutos e logo barro em meio a precipícios lindos e perigosos, se chama "la carretera de la muerte", muitas pessoas morreram aqui, poucas no downhill a maioria em acidente de carro, mas hoje em dia o fluxo de automóveis é pouco pois construiram uma nova estrada, nao é para qualquer um nao o negócio é invocado de mais estou com as maos inchadas de tanta forca que fiz segurando o guidao da bike. Mas a empresa que fomos é profissional as bikes de ponta com amortecedor freio hidraulico e o guia Hector muito competente e figuraca, passa muitas manhas de como se fazer para nao ter acidente, ainda assim um americano gordao se esborrachou de cara na montanha, se nao fosse o capacete fechado ele tava fudido, por sinal a empresa Madness empresta tudo: luva, capacete, colete e calca, filmam tudo, batem foto e no final lhe dao um cd com tudo isso e uma camiseta massa. Eu e Gustavo resolvemos dormir em Coroico e voltar no dia seguinte, precisávamos quebrar um pouco o ritmo frenético de La Paz descansando em coroico que lembra a chapada diamantina, está a 1.400m tem um clima agradável fiquei de bermuda, camiseta e havaianas o tempo todo, a regiao se chama yungas, início da amazonia boliviana e coroico é uma das maiores cidades mesmo sendo muito pequena, clima leve muita natureza rodeada de serras, zona rural mesmo, pode-se fazer muitas trilhas aqui, tem cachoeiras e fica perto de comunidades negras remanescentes da colonizacao espanhola, que se preservou sem se misturar com indios e europeus, sao meio isoladas. Dormimos num hostel bacana aqui tem hotel para todos os bolsos, o que nao foi legal é que está acontecendo uma enorme queimada perto dessa regiao que faz com que as serras fiquem cobertas de fumo, os jornais de La Paz noticiam todo dia o brasil e a argentina já enviaram ajuda pois é uma grande queimada. De volta ao caos agradavel de La Paz resolvemos que tinhamos que conhecer o underground escutar roc"n"roll e tomar umas e outras, folheamos o jornal El día e vimos um bar chamado equinócio, fomos ontem e curtimos muito o som com banda tocando ao vivo a bebida baratinha e maioria de bolivianos enlouquecidos, até quebra pau rolou do lado de fora, ums dois loucos sairam na mao com os segurancas, a policia nada de chegar os segurancas cabreros e os caras que pareciam estar de crack jogando pedra no bar, quem saisse sobrava, se é no brasil os segurancas tinham botado os microbios para dormir no tonel de lixo, mas a policia chegou e sem agredir resolveu a parada.
La Paz o buraco louco onde tudo se move tudo acontece o ar é poluído o barulho ensurdesse pobre do brasil vira rico esnobe frango com batata frita e muito sobe e desce.