sábado, 26 de setembro de 2009

LA PAZ











Acordei 9h no segundo dia aqui um pouco melhor, tomei um demorado banho quente depois de 3 dias sem ver agua no corpo, ajeitei minhas bagagens que estavam esculhambadas e desci para tomar café. Fui a internet, haja vista que só consegui relatar o perrengue uns dois dias depois pois quando relembrava dava-me tontura e postei com atraso a chegada aqui em la paz. Segui para a agencia do proprio hotel e peguei um city tour pela parte sul da cidade e vale da lua, onde conheci a israelita Liath. Realmente fascinante La Paz, muito diferente de todas cidades que ja conheci, muitas montanhas, construcoes inusitadas, transito caotico, populacao ativa e participativa (nos quatro dias aqui vi duas manifestacoes pacificas de milhares de bolivianos que param parte da cidade; uma dos deficientes reinvidicando uma melhor pensao e outra do sindicato dos professores). O city em bus conversivel com duracao de 3h, traducao em portugues no fone de ouvido, onde muito da historia da bolivia e da cidade é passado ao turista. O vale da luna confesso nao ser muita coisa mas valeu a pena. Terminado o passeio fui almocar e para nao fugir a tradicao boliviana fui a uma lanchonete de pollo ( fala-se poio e é frango, a comida mais comum da bolivia) e pedi um. Fiquei de cara pois, quando veio o prato; muitas batatas fritas um pedaco enorme de cocha empanada, com molho de pimenta, catchup e maionese, fiquei esperando o talher e nada, sentei e espiei os bolivianos comendo, para minha surpresa o costume local é comer de mao arrancando os pedacos e levando até a boca, maos a obra entao. Finalizei meu poio e subi andando ate o museo da coca, muito rico de informacoes, historia, biologia, cultura, fotos, drogadicao e tudo mais relacionado a coca, inclusive uma critica ao posicionamento de paises como o EUA quanto a planta seu consumo e sua criminalizacao. Aqui conheci Mario, Claudia e Flavia, ele carioca gente fina e elas soteropolitanas gente fina tambem, andamos um bucado pela cidade, passamos na rua das bruxas, onde se vende de tudo: artesanatos locais , prata, roupas, fetos de lhama, ayahuasca, asa de morcego, cranios de animais, rabo de tatu.... Voltamos ao hotel umas 9h, comemos uma otima pizza, e combinamos de sair para conhecer a noite. Quando estava quase saindo do quarto para minha agradavel surpresa aparece o mano, o Eduardo paulista que comecou a jonada junto comigo. Mario chegou em seguida junto com Claudia e fomos sair (Flavia estava derrubada da noite anterior, Mario frenetico e ela tinham tomado todas). Fomos num bar interessante, ambientado num trem, musica boa e como de costume muito barato, eu nao bebi pois estava no antibiotico. De lá seguimos para o Mangos, uma boate cheia de gringos e playboys bolivianos, muito animada, mas a musica nao era das melhores. O mano se agilizou logo e caio na pista dancando com tudo quanto era tica, e se arrumou com a Melissa. Mario demorou um pouco até o alcool fazer efeito e caio par dentro tambem no veneno, catou duas (o garoto é ligeiro e gogó de ouro). Eu e Claudia ficamos de parte a observar e conversar, muito gay no local e muito homem tambem, impressionante como os Bolivianos sao ousados, secavam a Claudia e assediavam-na muito. Talvez porque as bolivianas sao pouco dotadas de beleza e tambem porque a Claudia é muito bonita. Deixamos os dois lá e voltamos para dormir as 2:30pm. Eu tinha que acordar cedo para ir as ruinas de Tiwanaku, mas nao acordei bem, ao assoar o nariz um pouco de sangue bem vermalho e o catarro que expulsava dos pulmoes tambem com sangue. Fiquei esperando o pessoal acordar para me dar uma ajudinha, mas nada. Entao resolvi ir até uma clinica privada, pois tinha ido no primeiro dia numa emergencia de hospital publico, e como nao melhorei muito achei válido outra avaliacao. Fiquei por lá no oxigenio durante duas horas, tiraram meu sangue e me deram umas duas injecoes na veia. Resultado: o doutor me disse que eu estava com uma infeccao respiratoria e seria bom eu ficar 2 dias me tratando e mais 5 descansando, ou voltar para casa para me tatar. Estou voltando para o Brasil hoje, 8:15pm pego o aviao que me deixará em Sao Paulo domingo e de lá para salvador. Passei a noite anterior no quarto da galera brasileira, que apesar do pouco tempo de contato, sinto que sao pessoas muito positivas e me acolheram com muito carinho, agradeco muito a companhia, conversas e risadas que compartilhei com essas pessoas, o Mario é um jornalista carioca da gema figuraca, a Flavia é turismologa muito atenciosa e divertida mora na centenário se nao me engano e conhece algumas pessoas em comum comigo, a Claudia é pisicologa, mora no rio vermelho, conversei muito com ela que é uma pessoa que me chamou muito atencao. Estou um pouco indignado com minha situacao atual, mas sei de meu limite e que o correto é mesmo voltar, até porque nao sentiria confianca em fazer outras trilhas nessas condicoes. Mas afirmo que é uma interrupcao da viagem, pois pretendo voltar no final do ano e continuar de onde parei, almeijando que amigos e/ou amigas se empolguem e me facam companhia nesta jornada.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

La Paz

Cheguei em La Paz ontem por volta das 11h pm, da estrada é impressionante a chegada a esta capital, voce vem de cima e ve as luzes da cidade que é grande pra cacete, fui direto ao hotel torino deixei minhas coisas e fui ao hospital ver se tava tudo certo comigo, e entao o medico disse que nao ha nada nos pulmoes que é para eu descansar e que a unica sequela é uma infeccao na garganta, me passou uma receita com tres remedios que nao sei se vou tomar pois estou tomando um antibiotico contra infeccao respiratoria que meu pai me deu. Ainda me sinto um pouco fraco, portanto vou dar um tempo aqui visitar pracas e museos e talvez um city tour. No quarto que estou tem até globo internacional. La Paz é linda, mas tem ladeira pra c...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PERRENGUE DOS BRABOS
















Pois é acordamos em sanjuan, que parece uma cidade fantasma tomamos café e partimos rumo as lagunas, no caminho comecei a sentir uma sensacao ruim, mas nada de mais pensei eu. O grupo: Gregorio o motorista e guia, bete a cozinheira, San Felipe, Ben e Julian os jovens belgas amigaveis. Visitamos a laguna blanca, fantastica, no meio do salar, recortada por serras e vulcoes, agua clara. Depois fomos a laguna honda de cor mais escura verde esmeralda, onde vivem passaros enormes, flamingos e uma sorrateira raposa peluda que cliquei avancando no rango de uns gringos. Já sentia perfeitamente que o mal da altitude estaria a me esperar quando bobea-se, mascava folhas sem parar e tomava mates de coca e de outra erva que dizem ser boa. Lembrei de um pensamento que tive no vulcao tunapa: se o passeio acabasse aqui me daria por satisfeito, eu estava certo e nao sabia. Seguimos rumo a arvore de pedra, uma regiao onde formacoes rochosas criam desenhos loucos no meio do deserto. Já havia acordado comigo que nao seguiria, falaria com gregorio para deixar os gringos na hospedagen e pagaria uma grana para ele me trazer de volta a san juan, estava bastante tonto e com dificildade de respirar, tomei minha ultima soroche pils umas 3h pm. Quando abordei gregorio ele me disse que era impossivel, muito longe e a noite nao ha como se locomover. Fudeu pensei, mas nao era nada em comparacao ao que me esperava. Quanto mais subiamos o ar escasseava para meus pulmoes, chegamos na laguna colorada onde quedariamos, essa sim é a mais bonita das lagoas, vermelha entre vales altos da cordilheira andina, repleta de flamingos vermelhos(mais de 1000) e isso num fin de tarde. Já tinha certeza que a noite seria pessima, mas antes da janta estava um pouco melhor e fiquei ouvindo musicas belgas e apresentando musicas do brasil para os caras. O Ben chegou a oferecer Diamox, remedio para altitude, porem contem sulfa e sou alergico. Teria que segurar a onda com mates e folhas. Quando fui ao quarto que era compartido com nós quatro senti o primeiro golpe do soroche; tontura e falta de ar forte, deitei mas nada de melhorar entao resolvi sair, e maximo que consegui foi sentar na porta do quarto. Ai os belgas vieram junto com o gregorio e viram que era serio, nao conseguia pensar direito nem me levantar, estava quase desmaiando. Tentaram buscar oxigenio pelo povoado mas nenhum grupo havia trazido. Por coincidencia e sorte um grande grupo de franceses que se alojaram na mesma hospedagem que eu vieram me ver, todos medicos, dermatologistas mas medicos, tentaram de cara me dar um medicamento que tinha sulfa, mas com minhas fracas forcas pedi ao San Felipe, o belga que tinha lido a bula do diamox, que lesse a bula e dito e feito continha sulfa. Nesse momento já estava deitado ouvindo e vendo tudo turvo e muitas pessoas a minha volta, mas tinha consciencia da minha situacao. Um dos franceses me deu um quarto de um medicamento que botei em baixo da lingua, outra francesa tomou meu pulso e outra me colocou sentado e examinou meu pulmao, pois o risco de edema pulmonar era grande. Respirava ofegante como uma cobaia prestes a ser executada, meu nariz bloqueado e um frio de nada menos que 14 graus negativos, meu corpo todo tremendo e eu tendo varias alucinacoes. Os santos medicos franceses me acalmavam a toda hora dizendo para eu me tranquilizar que nao havia risco de edema e que já apresentava um quadro melhor com o rosto e labios corados. Eu juro que pensei varias vezes que nao conseguiria sair dessa, nunca senti falta de algo tao essencial como o oxigenio. O frio era um castigo a mais além do mal da altitude, gregorio trouxe uma pet de 2 litros com agua fervendo e colocou junto ao meu corpo, senti uma melhora instantanea. Os franceses ficaram ali comigo até que dormisse, mas foi dificil. Devo ter adormecido alguns minutos quando subtamente despertei sentindo falta de ar forte e dores no peito, comecei a chamar os amigos belgas, eles demoraram a levantar dizendo para me acalmar, mas eu insistia que nao, que devia chamar os franceses no quarto ao lado, ai meus amigos só falava portugues e pedia pelo amor de deus para sair daquela situacao. Vieram duas medicas me deram chá quente pois minha boca etava ressecada, me acalmavam dizendo que eu nao estava só, seguraram minha mao durante anoite toda falando comigo enquanto tinha alucinacoes intercaladas com consciencia. Chorei de medo, mas consegui adormecer respirando pela boca com dificuldade. Acordei no outro dia agradecendo a todos e pedindo desculpas pelo ocorrido, mas desculpas porque pensei eu agora, quem quase se fodeu foi eu. Pensava: estou no meio do deserto, a 4.300m de altitude, frio de 14 negativos nessa situacao e sozinho, nao vou conseguir me salvar. Mas pressinto que sou um rapaz de sorte, sou jovem sao e forte e desconfio que deus é brasileiro e anda comigo. Vou para La paz hoje 8h, estou resfriado e um pouco fraco, descansei ontem aqui em uyuni e hoje sigo a La paz pois é uma capital e posso ficar mais tranquilo, mas digo: estou bem gracas aos franceses e as energias positivas de meus amigos e familiares.

UYUNI











Pegamos o trem 3h30pm em Oruro com destino a Uyuni. Trem luxuoso, com tv cadeiras confortaveis, servico de bordo e um bucado de gringo. Paisagens muito bonitas; lagos repletos de flamingos, a cordilheira andina ao fundo, por do sol magico. Na tv passou um filme com o keanu reeves dos novos, que nem sei o nome, e ninguem tava nem ai. Quando comecou 2 filhos de francisco todo mundo ficou ligado, e nao so no meu vagao. Chegamos em uyuni 10:20, frio forte e fomos direto ao hostal avenida(indicacao do meu guia) pegamos o ultimo quarto duplo com banheiro(50 bols). Fomos comer e quese tudo fechado, mesmo assim comemos. Deixamos para fechar o tour pelo salar na hora, pois no forum dos mochileiros é indicacao forte. Resultado: quase sobramos e nos descontos da prorrogacao conseguimos. Fechamos o tour de 4 dias, mas o primeiro dia foi com um grupo de um dia só e eu e eduardo dormiriamos no pé do vulcao Tunupa. O grupo: um senhor boliviano com duas senhoras, todos de uyuni e muito simpaticos, um casal de um argentinho fedorento e uma paulista bunda suja com uns artesanatos pendurados num pedaco de cano, Edgar o guia, cozinheiro, mecanico e motorista. Primeiro fomos a um povoado na beira do salar chamado colchi que vende artesanatos em sal, depois ao museo de sal, muito interessante pois há varias figuras e inclusive toda a casa em sal. Lo go em seguida adentramos na imensidao de 12.000km de deserto albino e salgado e paramos na isla del pescado, uma ilha de formacao vulcanica que tem um ecossistema peculiar com cactos gigantes, passaros e outros animais e plantas. Aqui pagamos 15 bols para subir e na fila conhecemos um casal de cariocas coroas bem descolados e gente boa, e uma paulista. Nao consegui subir tudo pois faltou gas e o coracao acelerou. Almocamos la mesmo numa mezinha de pedra, e enquanto subiamos o Edgar fez o rango; carne de lhama, macarrao, arroz e salada. Todos grupos fazem o mesmo, cerca de 20 jipes. Na alta temporada sao em torno de 200 jipes por dia. Seguimos para o vulcao tunupa, onde eduardo e eu quedariamos, para no dia seguinte as 2h outro grupo nos pegar para os 3 dias de tour( a senhora da agencia garantiu que ja tinham 2 ticas da holanda confirmadas) mas eduardo resolveu voltar pois a grana tava curta e ele queria ir até o peru ainda. Fiquei numa hospedagem que é também a casa de dona Zumania, velhinha gente fina. É um povoadozinho que fica ao pé do vulcao que tem 5.200m e de frente para a imensidao branca do salar. Aqui passei um final de tarde imortal com o sol se escondendo por tras do vulcao, flamingos e lhamas pastando na grama que separa o deserto de sal do povoado, cores jamais catalogadas, apenas eu e uns poucos turistas aproveitamos até o vento desembainhar sua lamina cortante e nos convidar a ir comer e descansar. Na minha hospedagem só tinha eu quando cheguei as 4h, mas chegou um grupo de espanhois e argentinos em numero de 5, Alejandro, o argentino gente boa e a espanhola que esqueci o nome conversaram bastante comigo até irmos dormir, pois dona Zumania arrepiou na janta, botou uma sopa com pao, e depois um prato de lhama, batatas, arroz e salada. Dei uma olhada no ceu negro peneirado de estrelas e satelites e me recolhi. De manha cafe reforcado para subir ao vulcao, o grupo foi de jipe até o primeiro mirante, onde ficam as mumias de uma civilizacao pre-incaica e subiram ao topo. Eu o lobo solitario subi de bota mesmo, foram 1:50mim, parando bastante e bem devagar até a gruta onde ficam as mumias. Fascinante a gruta, segundo um nativo foram cacadores que se refugiaram por ali e congelaram, o que explica a forma intacta em que se encontram, sao 6; um que parece ser o chefe numa especie de trono com alguns artefactos de barro ao redor, do seu lado uma outra que parece estar cuidando de 2 pequeninas mumias aninhadas, do outro lado mais duas sentadas em cadeiras de pedra. O local e intrigante, parece que morreram a pouco, respira-se vida ali. Depositei minha contribuicao de folhas de coca para cada uma das mumias e iniciei a descida, que foi de uma hora, mas poderia ser mais rapida, meus olhos paravam meu corpo a toda hora pois segundo eles nunca tinham visto nada mais bonito e inospito. Cheguei na hospedagem e o grupo que me pegaria já estava lá pronto para o almuerzo, surpresa: no lugar das ticas 3 jovens belgas. Almocamos e seguimos para quedar em San Juan, eu tava quebrado.

CONSIDERACOES

Acabo de voltar de uma jornada de 4 dias pelo deserto de sal, mas antes quero agradecer a todos pelos comentarios, as fotos sao um problema pois as lanhouse daqui sao osso, mas vou tentar postar, ainda mais agora depois do salar, a viagem mais fascinante e assustadora que ja fiz.
abraco a todos, quanta gente hein..

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ORURO







A estrada de cocha para oruro é emocionante, em pleno altiplano andino subi mais 1700m atraves de paisagens extremamentes hosteis, muita serra e montanhas com pouca vegetaçao tudo meio seco e pedregoso, aqui há mineraçao mas ñao sei exatamente do que. Incrivel a quantidade de cachorros na beira da estrada meio que tomando conta, e isso num sol forte e vento frio cortante. Foram 4h de viajem, à medida que chegavamos perto de oruro uma chuva podia se avistar, ficou um clima tenebroso com raios e nuvens pesadas, mas assim que desembarcamos parou de chover, mas o frio estava poderoso. Hospedagem num hotelzinho legal com banho quente e tv a cabo no centro de oruro por 50 bolivianos(r$ 14). O problema é que pegamos o quarto no 3º andar e na primeira subida senti o tal mal da altitude. Pedi para trocar e ficamos no 2º andar. Comi uma costela de cordero com batatas e arroz + uma paceña (cerveja) por R$ 5,00 e tudo muito bom. Um pouco depois senti dor de cabeça e fui deitar, um pouco de falta de ar também rolou. Para combater o mal da altitude(soroche) tomo uma soroche pills a cada 8h, sempre que posso bebo mate de coca e como passatempo ando mascando as folhinhas da coquita. O frio aqui é f... um taxista disse que de noite marcou 5 graus e que em uyuni é duas vezes pior, imagine no salar... Pego o trem hoje 3:30 chego em uyuni 10:20 e no sabado pela manha inicia o passeio de 4 dias pelo salar. Portanto provavelmente voltarei a postar aqui no blog somente na terça ou quarta, mas fiquem a vontade para comentar..

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

COCHABAMBA







Peguei o onibus leito em santa cruz 9:40 com destino a cochabamba, foram 9h de viajem tranquilas num bus alucinante pois tem dois andares e fiquei no primeiro assento com um janelao enorme na frente, estrada boa e frio, isso mesmo frio pois subimos de 400m para 2.750m. Ao amanhecer o visual de montanhas e vales impressionou, antes de cochabamba passamos por Sacaba um muinicipiozinho bem bonito estilo colonial, aqui a pobreza e menos evidente. Em cochabamba chegamos 6:30, essa e a cidade rota do trafico de coca, por sinal encontramos no mesmo bus um paulista muito ligeiro e estranho, sem bagagem dizendo que ia fazer um trampo em cocha, seu celular nao parava de tocar e ele falando español fluente. Eu e Eduardo desconfiamos e saimos fora na manha. Compramos logo a passagem para oruro às 1:30 e fomos tomar café, ou melhor mate de coca, que tem gosto de cha normal. Andamos pelas ruas e centro, aproveitei para comprar um saco de folhas de coca para mascar(muito amargo) e comi uma autentica salteña boliviana, muito boa e picante. Vamos para oruro onde dormiremos para pegar um trem amanha de tarde para uyuni, dizem que essa viajem e alucinante. Chegaremos 10:20 da noite em uyuni onde pegaremos o passeio para o deserto de sal- salar de uyuni- no sabado pela manha, serao 4 dias num jipe em pleno deserto gelado. Oruro altitude: 3700, uyuni altitude: 4100.
obs: estou adorando os comentarios sao muito importantes, continuem mandando que vcs nao tem noçao de como é bom para mim aqui.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O TREM DA MORTEEE


Peguei o famoso trem no horario previsto e um pouco antes do embarque conheci dois paulistas gente boa, Carlos e Eduardo. Carlos foi no mesmo vagao que eu, que por sinal é show de bola, confortavel com ar filme e ainda por cima vazio. Foram 17h de viagem a no maximo 40km/h, algumas paradas onde crianças e mulheres entram vendendo uns espetoes de frango, tamarindo e chichita (um espetinho de algum bicho). Essa viagem foi muito legal pois permite um contato direto com o povo boliviano, muita pobreza pelo caminho. Chegamos em santa cruz no terminal que é bimodal (trem e bus), paguei um banho lá mesmo e fomos comprar as passagens. Carlos decidiu ir para La paz e eu e Eduardo vamos para Cochabamba e de lá para Oruro onde pegaremos um trem para Uyuni para conhecermos o deserto de sal- salar de uyuni. O bus para Cochabamba só sai 9:15 entao fomos ao centro comer e gastar o tempo. A comida foi uma carne apimentada acompanhada de uma huari(cerveja boa). A praça central fica proximo e é legal também, fomos na casa de cultura, numa casa de cambio e por incrivel que pareça consegui comprar um cartao de memoria para minha maquina, que nao tinha achado em salvador nem no mercado livre. Santa Cruz e a maior cidade da Bolivia, 1milhao de habitantes, é onde se concentra a maior oposiçao ao Evo Morales (muita gente me olhou feio por causa da camisa de cuba que visto), é também a cidade de economia mais forte do país, bem organizada e bonita, mas o calor continua, só para se ter uma ideia ontem à noite em porto quijarro fez 30 graus de noite.
Minha costela nao está boa mas descobri que minha mochila está demasiada pesada, vou me desfazer de muita coisa que trouxe.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

BOLIVIA


Cheguei em Corumba às 5:00am, peguei o tal onibus que fiz questao de que fosse executivo, e de fato foi, só ñao contava com o passageiro ao lado ter uns 180kg, falar pra c.. e quando dormia roncova como um leitao. Tudo bem, esperei na rodoviaria até as 7h e peguei um taxi para borda, imigraçao fechada fui ao terminal comprar o bilhete do trem, que só abriu 8:30 e ficou mais uma hora para o sistema funcionar e emitir bilhetes. Aqui um boliviano esperto tentou furar fila foi rechaçado por outro senhor, e começou a estressar inclusive comigo, mas nem liguei e ele quietô.
Voltei para imigraçao e chegando lá o policial veio com um papo que brasileiro tinha que pagar 10 reais para entrar que os bolivianos pagam no brasil...paguei ao corno peguei meu passaporte voltei para estaçao de trem e me instalei numa espelunca boliviana para tomar banho (calor virado na porra) e esperar o trem. Devo chegar em santa cruz às 8:40am. O que está me preocupando é que a porra da costela está incomodando, mas vou seguir na tranquilidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PRIMEIROS PASSOS


Cheguei em Campo Grande por volta das 14h, num calor detestável depois de esperar 4 horas a conexão no aeroporto vira copos em Campinas que tava frio pra cacete, e para minha surpresa em Campo Grande o fuso horário é de uma hora a menos. Comprei minha passagem na rodoviaria (executivo R$ 82,00) para 11:30pm e fui ao shopping campo grande comer, comprar uma toalha e um cadeado (sempre se esquece algo). Dei uma volta pelo centro da cidade que é bem arborizada, ruas largas e transito organizado, onibus de linha R$ 2,50 e do aeroporto para rodoviária R$3,00. 800 mil habitantes e muita mulher bonita. Aluguei um quartinho no hotel Prainha, em frente a rodoviaria com ar e tv a cabo para meu espanto pois é uma espelunca, por R$ 20,00. Na real eu queria mesmo é tomar um banho, o calor aqui é miserável. Minha costela chiou um pouco, mas nada de mais. Amanhã chegada prevista para 5:30am em corumbá de onde vou atravessar a fronteira e me dirigir a Puerto Quijarro, estação ferroviária para comprar o bilhete do trem que sai às 16:30 para Santa Cruz de la Sierra.
Eu vou na fé..

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mais uns dias de espera

Na verdade esses dias se estenderam um pouco pois sofri uma contusão na costela e agora já são 27 dias me recuperando.

sábado, 1 de agosto de 2009

criação

hoje foi criado esse blog, pois viajo daqui alguns dias